fichas:articulo:lima
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| |Lima, Clóvis; Santini, Rose Marie. //Copyleft e licenças criativas de uso de informaçao na sociedade da informaçao// | |Lima, Clóvis; Santini, Rose Marie. //Copyleft e licenças criativas de uso de informaçao na sociedade da informaçao// | ||
| - | Original: http://www.enancib2008.com.br/ | + | Original: http://revista.ibict.br/index.php/ |
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| + | (no paso todo el subrayado) | ||
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| + | Os defensores dos softwares livres, como Barbrook (2003), | ||
| + | Silveira (2006) e Stallman (2000), entendem que liberdade | ||
| + | e compartilhamento são as bases da criatividade e inovação. (p. 121) | ||
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| + | É importante ressaltar que os bens imateriais, os saberes e a | ||
| + | informação não possuem duas das características econômicas | ||
| + | mais importantes dos bens materiais: a escassez e o desgaste | ||
| + | pelo uso. (p. 121) | ||
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| + | O trabalho imaterial repousa sobre capacidades expressivas e | ||
| + | colaborativas que não se podem ensinar, sobre a vivacidade | ||
| + | presente no uso dos saberes que faz parte da cultura do | ||
| + | cotidiano. É aquilo que Marx chama de General intellect, que | ||
| + | torna acessíveis saberes e conhecimentos, | ||
| + | que fornece capacidade de interpretação e comunicação. Os | ||
| + | trabalhadores do capitalismo pós-moderno e pós-industrial | ||
| + | devem entrar no processo de produção com a bagagem cultural | ||
| + | que adquirem fora do trabalho (GORZ, 2005). (p. 122) | ||
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| + | Gorz (2005) afirma que a novidade está no fato de que o | ||
| + | conhecimento, | ||
| + | está incorporado, | ||
| + | ação produtiva na forma de softwares. O conhecimento | ||
| + | pode organizar e gerir interações complexas entre grande | ||
| + | número de pessoas e de variáveis; pode conceber e conduzir | ||
| + | máquinas, instalações e sistemas de produção flexíveis, ou seja, | ||
| + | desempenhar o papel de capital fixo, substituindo o trabalho | ||
| + | vivo por trabalho acumulado. | ||
| + | |||
| + | O custo marginal dos softwares é pequeno. Neles o | ||
| + | conhecimento pode economizar muito mais trabalho do que | ||
| + | custou, em proporções gigantescas. Isto significa que, se o | ||
| + | conhecimento é fonte de valor, ele destrói muito mais valor do | ||
| + | que serve para criar. O conhecimento economiza quantidades | ||
| + | imensas de trabalho social remunerado e, conseqüentemente, | ||
| + | diminui, ou mesmo anula, o valor de troca monetária de um | ||
| + | número crescente de produtos e serviços. | ||
| + | |||
| + | A experimentação de outros modos de vida, de trabalho e de | ||
| + | linguagem nos interstícios de uma sociedade pós-industrial | ||
| + | que se desagrega pode funcionar como meio de resistência | ||
| + | e de crise da legitimação do controle que o capital exerce | ||
| + | sobre os corpos, os espíritos e sobre os meios de produção. | ||
| + | Os constrangimentos e os valores da sociedade capitalista | ||
| + | deixam de ser percebidos como naturais, liberando os poderes | ||
| + | do desejo e da imaginação (GORZ, 2005). (p. 123) | ||
| + | |||
| + | |||
| + | O copyleft pode ser definido como a licença que: | ||
| + | - autoriza a derivação de trabalhos subseqüentes de um trabalho original, sem a permissão do proprietário protegido por direitos autorais; | ||
| + | - concede a autorização para trabalhos derivados, requerendo que estes também sejam autorizados pela licença de copyleft do original. | ||
| + | |||
| + | O copyleft é uma ferramenta para criadores de conteúdos com | ||
| + | os seguintes objetivos: | ||
| + | * proteger os direitos do seu trabalho enquanto o dissemina amplamente; | ||
| + | * proteger contra a restrição do acesso ao trabalho, contra a sua vontade e além do que considera necessário como recompensa; | ||
| + | * assegurar que seus trabalhos não serão vulneráveis ações legais ruinosas; | ||
| + | * criar ambientes de cultura livre, no qual seus trabalhos tenham liberdade de circulação e possam ser construídos de forma aberta. | ||
| + | (p. 124) | ||
| + | |||
| + | A GPL permite aos usuários do software redistribuir cópias | ||
| + | modificadas de forma gratuita, ou comercial. Não impede a | ||
| + | distribuição de programas com a cobrança de contrapartida | ||
| + | monetária, mas não permite que algum modelo de comercialização | ||
| + | retire estas liberdades. (p. 124) | ||
| + | |||
| + | O Creative Commons tem sido adaptado no Brasil. Especialistas | ||
| + | da Escola de Direito do Rio de Janeiro e da Fundação Getulio | ||
| + | Vargas trabalham com esta licença desde 2003. (...) A repercussão desta | ||
| + | posição no exterior é tal que a revista Wired (2004), das mais | ||
| + | importantes entre as que focam novas tecnologias, | ||
| + | país como uma nação open source. (p. 125) | ||
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| + | Cabe observar que todas as licenças criativas | ||
| + | apresentam potencialidades e limitações. Contudo, elas | ||
| + | constituem poderoso agente de mudança social e econômica, | ||
| + | principalmente porque advertem para a inadequação dos | ||
| + | sistemas de propriedade intelectual e de copyright.(p. 126) | ||
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